
Antes do nascimento de Darwin, a maioria das pessoas na
Inglaterra aceitava certas idéias a respeito do mundo natural
da maneira que eram apresentadas. As pessoas não pensavam q elas eram ligadas em uma única árvore genealógica nem que existia seleção natural..
E antes de Darwin, ainda era possível considerar o mundo como atemporal, eterno
e imutável.
A juventude de Darwin!
Nascido em 1809 em uma família
abastada na Inglaterra rural, ele passava horas observando
pássaros e lendo, deitado embaixo da mesa da sala de jantar.
Quando criança Charles Darwin colecionava os pássaros e conchas marinhas, besouros e moedas, mariposas e minerais, mas ele era um aluno indiferente e a escola o aborrecia. Mas ele nunca se cansava de estudar os detalhes do mundo natural.

A mãe de Charles estava freqüentemente doente quando ele era pequeno e veio a falecer quando ele tinha oito anos. No ano seguinte ele foi enviado para um internato perto de sua casa, em Shrewsbury..
O pai impaciente com a falta de progresso de Charles, que repugnava a escola, o tirou dela e o enviou para a Universidade de
Edimburgo, na Escócia, para estudar medicina, como o seu pai e avô antes dele. Quando Charles não demonstrou qualquer interesse em se tornar médico, Robert explodiu. “Você não se interessa por nada, a não ser caçada, cães
e capturar ratos; você será uma desgraça para si mesmo e para toda a sua família”.
Após isso seu pai o enviou para a Universidade de Cambridge a fim de se preparar para uma carreira na igreja.
Em sua adolescência, Darwin era um entusiasta de Química, Biologia, Botânica e Geologia. No entanto, mas se dedicou as carreiras q seu pai escolheu e quando estudava
na Universidade de Cambridge, Darwin foi escolhido por um círculo de acadêmicos
de elite que reconheceu o seu potencial. Finalmente, o seu talento em história natural desabrochou.
Quando garoto, cansado de Grego e do Latim, ele fez algumas experiências
de química em um laboratório caseiro com o seu irmão Erasmus. Na Universidade de Edimburgo, em vez de estudar medicina, ele escreveu seus primeiros trabalhos cientíicos. E na Universidade de Cambridge, ele iniciou tão devotado à botânica que fez o único curso três vezes.
O passatempo q mais se destacou de Darwin era colecionar besouros. Ele até entrou numa
competição com outro estudante de Cambridge, Charles “Beetles” (Besouro) Babington, para saber quem conseguiria primeiro uma nova espécie. E quando não estava coletando besouros, ele escrevia cartas entusiastas para o seu primo William Darwin Fox, confessando: “É absurdo o quanto eu estou ficando
interessado nessa ciência”.
Na Universidade de Cambridge, o interesse de Darwin por história natural tornou-se muito mais do que um passatempo. Um círculo de professores ilustres serviu de mentor e de modelo para Darwin. Ele tornou-se o protegido do Reverendo J. S. Henslow, botânico. Darwin denominou o seu encontro com Henslow de acontecimento “que mais inluenciou a minha carreira do que qualquer outra pessoa”.
A Viagem ao Redor do Mundo
Em 1831, Darwin recebia um convite irrecusável : juntar-se à tripulação do HMS Beagle na função de naturalista em uma viagem ao redor do mundo q foi planejada inicialmente para levar 2 anos.Mas ela chegou a quase 5 de dezembro de 1831 a outubro de 1836.
Durante a maior parte dos cinco anos seguintes, o Beagle investigou a costa da América do Sul, dando liberdade a
Darwin para explorar o continente e as ilhas, inclusive as Galápagos.
Ele fez milhares de anotações, observações geológicas e coletou milhares de espécies que encaixotava e enviava para casa para uma melhor análise. Mais tarde,
Darwin declarou que a viagem no Beagle havia sido para ele “o
acontecimento mais importante de minha vida”, dizendo também
que ela “determinou toda a minha carreira”.
De fato, ele passou quase a viagem todo em terra firme, principalmente em áreas selvagens do Brasil, Argentina, Chile e em áreas remotas como as Ilhas Galápagos.
O trabalho de Darwin teve grande êxito. Ele levou de volta mais de 1.500 espécies diferentes, centenas das quais eram totalmente desconhecidas na Europa.
Londres
Em Londres, o trabalho de Darwin foi intenso e calorosamente criativo. Ali, ele se tornaria reconhecido em ciência, se casaria e teria as suas duas primeiras crianças. Foi lá que Darwin juntou brilhantemente as peças de sua teoria da evolução por seleção natural.
Depois de aproximadamente um ano em Londres e com 29 anos de idade, Darwin
começou a pensar seriamente sobre casamento. Mas como muitos cientistas ambiciosos,
ele estava preso entre a determinação de ser alguém na sua profissão e o desejo de
ter uma família. Ele fez uma lista dos prós e dos contras do casamento e finalmente, a mulher que ele chamou de “uma boa esposa no sofá” levou a melhor. Ele logo propôs casamento àquela que conhecera desde a infância, a sua prima Emma Wedgwood.
A previsão tornou-se realidade. Vínculos de real afeto uniram Emma e Charles por
toda a vida e formaram uma família calorosa, vigorosa e amorosa. Mas nos primeiros anos surgiram dois problemas preocupantes. O ceticismo crescente de Darwin quanto à religião causou uma grande dor a Emma e, por sua vez, causou ao
marido uma profunda tristeza. E Darwin passou a sofrer de ataques cada vez mais
sérios e misteriosos de uma doença que o perseguira em toda a sua vida de trabalho.
Em 1842, Charles Darwin e sua família fugiram de Londres em busca de paz e de silêncio. Eles os encontraram em um pequeno vilarejo a 25 quilômetros da cidade e durante os 40 anos seguintes, essa casa, chamada “Down House” , foi para Darwin o seu retiro, posto de pesquisa e o centro de sua vasta rede científica. Trabalhando em seu estúdio, estufa e jardim, e correspondendo-se com cientistas do mundo inteiro, pacientemente.
No estúdio confortável e desordenado q trabalhava, parte biblioteca e parte laboratório, Darwin passou a maior parte de seus dias.Acordando cedo e trabalhando durante várias horas, foi ali q ele produziu um enorme volume de trabalho, inclusive um dos mais influentes livros científicos de todos os tempos: A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural.

Darwin escreveu uma versão mais completa de sua teoria da evolução pela seleção natural. Só que ele não a publicou.
Há muitas razões para isso. A teoria dele ainda não estava completa; ele queria pensar mais, juntar mais evidências. Pois estava Consciente de que outros antes dele tinham sido severamente punidos por sugerir idéias como aquela, ele as confiou apenas a amigos próximos e continuou a sua pesquisa tentando antecipar possíveis objeções. Imaginar a reação do público e da igreja estabelecida enchiam-no de apreensão.
Contudo, a informação de que Alfred Russel Wallace tinha desenvolvido uma idéia similar forçou a publicação conjunta da teoria em 1858.
Outros fatores como sua própria falta de saúde e a tragédia familiar, a morte da sua filha mais querida que ele nuca superou a morte Anne Elizabeth Darwin (2 de março de 1841–22 de abril de 1851) e seus outros dois filhos com morte prematura : Mary Eleanor Darwin (23 de setembro de 1842–16 de outubro de 1842) e Chales Waring Darwin (6 de dezembro de 1856–28 de junho de 1858) interferiam no seu trabalho.
.
Por aproximadamente uma década, Darwin começou a confiar o seu segredo a alguns amigos íntimos. Era “como confessar um assassinato”, ele escreveu. Mas uma confissão em particular era uma coisa, enquanto divulgá-la ao mundo era bem diferente. Darwin tinha a intenção de trabalhar em seu próprio ritmo, até que sua teoria fosse sólida o suficiente para satisfazer o
A carta entregue na Down House em junho de 1858 foi tão chocante quanto um raio. Enviada pelo jovem naturalista Alfred Russel Wallace, ela descrevia uma teoria da evolução pela seleção natural assustadoramente parecida com a do próprio Darwin. Wallace até citava a passagem de Malthus que Darwin havia citado em seu caderno de anotações quase vinte anos antes. Darwin estava desconcertado: depois de tantos anos de trabalho e preocupação, uma outra pessoa conseguiria levar o crédito. Ele odiava ser precedido por alguém – e ele se odiava por importar-se.
Mas os amigos de Darwin, o botânico Joseph Hooker e o geólogo Charles Lyell, entraram em ação. Eles sabiam que Darwin havia escrito um ensaio contendo essas idéias quase 15 anos antes, por conseguinte, era claro que ele havia sido o primeiro
a desenvolver a teoria. Agindo rapidamente, Hooker e Lyell conseguiram um acordo: Wallace e Darwin apresentariam documentos sobre a teoria à Sociedade Lineana em Londres. Wallace estava satisfeito e Darwin, finalmente, decidiu publicar a sua teoria sem mais demora. Em pouco mais de um ano, ele publicaria o seu maior livro, “On the Origin of Species by Means of Natural Selection” (“A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural”).
A Origem das Espécies causou sensação não somente na Inglaterra, mas no mundo todo. Os políticos faziam discursos, os pastores pregavam sermões, os poetas escreviam poesias. Todos tinham uma opinião. O livro esgotou-se no primeiro dia que
apareceu nas livrarias. A maior biblioteca circulante do país fez da Origem uma seleção; os viajantes liam o livro no trem.
Últimos anos de vida
Apesar dos sucessivos problemas de saúde que acometeram Darwin nos seus últimos vinte e dois anos de vida, ele continuou trabalhando avidamente. Ele passou a se dedicar aos aspectos mais controversos do seu "grande livro" que ainda estavam por ser completados: a evolução da espécie humana a partir de animais mais primitivos, o mecanismo de seleção sexual que poderia explicar características de não tão óbvia utilidade além de mera beleza decorativa, bem como sugestões para as possíveis causas subjacentes ao desenvolvimento da sociedade e das habilidades mentais humanas. Seus experimentos, pesquisa e escrita continuaram.
Quando a filha de Darwin adoeceu, ele deixou de lado o seu trabalho e experimentos com sementes e animais para acompanhá-la em seu tratamento no campo. Ali, ele iniciaria o seu interesse por orquídeas selvagens que se desenvolveria em um estudo inovador sobre como as flores serviam para controlar a polinização feita pelos insetos e garantir a fertilização cruzada. Como já observara com as cracas, partes homólogas serviam a diferentes funções em diferentes espécies. De volta ao lar, ele adoeceu novamente em um quarto repleto de experimentos e plantas trepadeiras. Ainda assim, continuou o seu trabalho no livro "Variação" (Variation), que cresceu até ocupar dois volumes, o que o forçou a deixar de lado "A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo".
O Reconhecimento
Ainda durante a vida de Darwin, muitas espécies de seres vivos e elementos geográficos foram batizados em sua homenagem, entre eles, o Monte Darwin, nos Andes, em celebração ao seu vigésimo quinto aniversário. A capital do Northern Territory na Austrália também foi batizada com o seu nome em comemoração à passagem do Beagle por ali, em 1839. No mesmo território, foram batizados com o seu nome uma universidade e um parque nacional.
As 14 espécies de tentilhões que ele estudou em Galápagos são chamadas "tentilhões de Darwin" em honra ao seu legado. Em 1964, foi inaugurado em Carmbridge o Darwin College em honra à sua família e, parcialmente, porque os Darwin eram os donos do terreno usado. Em 1992, Darwin foi posicionado em décimo sexto lugar na lista dos mais importantes personagens da história , ompilada pelo historiador Michael H. Hart. Darwin também figura na nota de dez libras introduzida pelo banco da Inglaterra em 2000 em substituição a Charles Dickens. Sua barba impressionante e difícil de ser copiada foi apontada como um dos fatores que contribuíram para a escolha. Darwin também aparece em quarto lugar na lista dos cem mais importantes britânicos, uma lista compilada por meio de voto popular pela BBC.
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